Caracterização Geográfica
O concelho de Alenquer situa-se na Estremadura e faz parte do distrito de Lisboa. Tem uma superfície de 304,22 km² e entre os quinze concelhos que formam o distrito apenas o de Torres Vedras e o de Sintra superam esta área.
Está repartido pelas seguintes 16 freguesias: Abrigada, Aldeia Galega da Merceana, Aldeia Gavinha, Cabanas de Torres, Cadafais, Carnota, Carregado, Meca, Olhalvo, Ota, Pereiro de Palhacana, Ribafria, Santo Estêvão, Triana, Ventosa e Vila Verde dos Francos.
A estrutura orográfica do concelho é dominada, a Norte, pelo perfil arqueado e poderoso da Serra de Montejunto (666 m) que se prolonga a Oeste pela Serra Galega e Serra Alta (360 m).
De um modo muito esquemático a área abrangida por todos estes acidentes geográficos pode dividir-se em três zonas bem distintas: a zona serrana - com altitudes máxima, média e mínima de, respectivamente, 666, 260 e 129 metros
-A zona sub-serrana – com 280, 150 e 22 metros
- E finalmente, a zona de planície, que corresponde à parte baixa do concelho e abrange cerca de 10% da sua área total - com altitudes máxima, média e mínima aproximadas a 50, 30 e 4 metros.
http://www.cm-alenquer.pt/CustomPages/ShowPage.aspx?pageid=320ebbee-fa9d-42c0-b2b1-c5a413e718d2
Conceito Histórico
Alenquer é uma vila muito tranquila a cerca de 36 km de Lisboa.
É chamada “Vila Presépio” por se assemelhar a um presépio, com as suas casas brancas muito próximas umas das outras na parte alta da vila, chamada, por isso mesmo, de “Vila Alta”.
Damião de Goes, notável alenquerense e cronista de craveira universal, atribui a fundação de Alenquer no ano de 418 da nossa Era.
Para uns historiadores Alenquer deriva de "Alan-Kerk", que significa Templo dos Alanos.
A lenda da conquista de Alenquer aos mouros, como lenda que é, não está provada ter algum fundamento.
Existem mesmo duas versões da mesma lenda.
Versão 1- Diz a lenda que D. Afonso Henriques, nas suas conquistas, deparou com uma cidade, fortemente defendida pelos mouros, dentro das suas muralhas. Resolveu cercá-la, com o intuito de a conquistar, mas os mouros mantinham-se alerta e apresentava-se difícil conseguir os seus fins. Na manhã do dia em que o rei tinha resolvido invadir o castelo, indo o rei cristão com o seu séquito banhar-se no rio e fazer suas correrias, notaram que um cão grande e pardo que vigiava as muralhas e que se chamava "Alão” calou-se e lhes fez muitas festas. El-rei tomando isto por bom presságio mandou começar o ataque, dizendo "O ALÃO QUER, palavras que serviram de futuro apelido à vila.
Versão 2- Diz que o cão Alão era encarregado de levar as chaves na boca, todas as noites, pela muralha fora até à casa do Governador e os cristãos aproveitando os instintos do animal, prenderam uma cadela debaixo de uma oliveira à vista do cão que, subjugado por sentimentos amorosos, galgou os muros, entregando assim as chaves aos portugueses.
http://esoterismo-kiber.blogs.sapo.pt/126995.html
A população de Alenquer tem sido cada vez mais envelhecida, muito por causa da taxa de mortalidade.
Como se pode constatar no gráfico a população de Alenquer, tem vindo a envelhecer pelo menos nos últmos anos
Contexto Demográfico
Censos 2001
Freguesias População presente População
residente Famílias Alojamentos Edifícios
H/M H H/M H
Abrigada 3 293 1 562 3 416 1 646 1 216 1 680 1 623
Aldeia Galega 2 156 1 020 2 174 1 020 828 1 112 979
Aldeia Gavinha 1 166 580 1 175 584 454 590 557
Cabanas Torres 1 008 511 1 018 521 367 473 458
Cadafais 1 648 798 1 695 826 632 818 612
Carnota 1 668 808 1 691 821 620 821 802
Carregado 8 667 4 295 8 974 4 476 3 269 4 220 1 252
Meca 1 791 898 1 809 911 662 757 732
Olhalvo 2 043 999 2 009 990 785 1 015 979
Ota 1 235 618 1 151 579 435 491 441
Pereiro 569 292 572 294 218 302 300
Ribafria 962 472 968 475 370 506 484
Santo Estêvão 5 298 2 603 5 421 2 670 2 066 2 774 1 706
Triana 3 400 1 691 3 490 1 744 1 299 1 608 1 117
Ventosa 2 200 1 070 2 221 1 080 877 1 314 1 275
Vila Verde 1 280 638 1 289 641 462 625 624
Totais 38 416 18 881 39 069 19 280 14 560 19 106 13 941
http://www.cm-alenquer.pt/CustomPages/ShowPage.aspx?pageid=382ec1c8-6f82-4958-a13b-b6f9ad238b47#notop
Actividades económicas
Evolução e sectores primário, secundário e terciário
O concelho de Alenquer pode ser visto, em traços gerais, como um espaço em processo de expansão, sobretudo urbanisticamente, e em que a base económica é fortemente marcada pela agricultura, em especial a vinha e o vinho.
A evolução tem vindo a ser condicionada pelo posicionamento territorial do concelho em relação à Área Metropolitana de Lisboa , principal centro de produção e consumo do país. Esta circunstância, muito ligada à proximidade geográfica e à crescente dotação em matéria de infra-estruturas de transporte, conferiu a Alenquer (nomeadamente às zonas do concelho melhor servidas neste domínio) uma significativa vantagem competitiva com efeitos na criação de importantes dinâmicas de desenvolvimento.
Sector primário
Agricultura Principais produções por ordem de grandeza: vinha, prados temporários, culturas forrageiras (criação de gado, regime de pousio), cereais (sobretudo grão) Predomínio das culturas extensivas e de sequeiro. As zonas da Merceana, Labrugeira e Olhalvo responsáveis por 20% a 25% da produção de vinho da região Oeste.
Pecuária Principais produções: aves, coelhos.
Sivicultura Representa 15% da superfície agrícola total, com 423 explorações e 2763 hectares de matas e florestas sem culturas sob coberto Apresenta tendência para a diminuição do número de explorações.
Maior representatividade das áreas ocupadas por matas e florestas sem culturas sob coberto.
Sector secundário
Indústria extractiva Expressão muito significativa a nível concelhio e regional: representa mais de 30% do emprego e cerca de ½ do volume de negócios sectorial registado na região Oeste.
Predominam as pedreiras de calcário (a extracção da areia é residual): britas a norte de Alenquer, britas em Atouguia, basalto no cabeço de Meca, britas na Sabreira, a norte do Camarnal, no Areeiro e a norte de Marés.
Indústria transformadora Apresenta-se especializada em produtos: alimentares, não metálicos, metálicos.
Importante dinamismo no concelho, apesar do fraco significado regional: aparecimento de novos estabelecimentos, criação de emprego (28% do valor global concelhio), geração de volume de negócios, alteração da estrutura intra-sectorial.
Núcleos industriais localizados: Carregado (maior concentração), Cheganças, Abrigada.
Enfrenta desafios em termos de qualificação de mão-de-obra e das actividades.
Construção Importância crescente na estrutura económica concelhia: desenvolvimento nos edifícios para habitação, implantação de unidades empresariais, capacidade de gerar emprego.
Principais actividades do sector: construção de edifícios/engenharia civil, instalações especiais (equipamentos técnicos para a utilização normal da construção).
Predominam as micro e pequenas empresas dirigidas ao mercado local.
Sector terciário
Comércio e serviços Comércio por grosso representa parte mais significativa da estrutura empresarial: produtos alimentares, bens intermédios, máquinas e equipamentos.
Predomínio do pequeno comércio, com excepção da iniciativa outlet factory.
Transportes e logística Desenvolvimento da actividade logística pela centralidade/acessibilidade ao espaço económico nacional.
Actividades de transportes rodoviários de mercadorias potenciam: empregos (+ de 1500), novos estabelecimentos, actividades auxiliares (manuseamento e armazenamento).
Localizam-se prioritariamente na parte sul do concelho (Carregado).
Importantes canais de infra-estruturas: rede rodoviária (proximidade do porto de Lisboa e do terminal TIR de Alverca do Ribatejo), rede ferroviária (linha do norte), rede eléctrica de alta tensão, adutoras de água do Castelo de Bode, Vale da Pedra, Alviela e de furos de captação, corredor aéreo da Base Aérea n.º 2 da Ota, ligação hertziana entre os centros radioeléctricos de Lisboa e Montejunto.
Turismo Ainda em expansão na estrutura económica do concelho: quatro estabelecimentos hoteleiros registados, dois parques de campismo, maior variedade na oferta de refeições e estabelecimentos de bebidas, Vocação para constituir um espaço privilegiado de segunda habitação. Potencialidades turísticas e de lazer favorecidas pela diversidade da paisagem rural, a serra do Montejunto, as quintas e solares e a proximidade a Lisboa.
http://www.cm-alenquer.pt/CustomPages/ShowPage.aspx?pageid=40878e6c-8713-47a6-8399-37b654f096e0
Sem comentários:
Enviar um comentário